Um peixe que sorriu pra mim

Este vídeo curto, nos leva a refletir sobre o valor e o sentido de liberdade. Gostei muito, e a mensagem dele pode se estender à todas as formas de aprisionamento e crueldade com animais (circos, gaiolas, etc..). E a pergunta que fica é "O que é ser realmente livre?".


Respire

Adorei este vídeo! Assisti pela primeira vez em curso de Educação Ambiental. Muito bom mesmo!

A letra e a música são lindas, e a mensagem deste vídeo é sensacional. Mickey 3D é uma banda de rock francesa, conhecida por suas letras críticas.

É excelente para se trabalhar sensibilização e conscientização ambiental.

Há duas versões, com e sem legenda. Sugiro passar primeiro sem legenda para cada um criar sua própria concepção, e depois passar com legenda para uma análise mais crítica.



Que em 2010, você...




A História das Coisas

O vídeo sobre A História das Coisas, com Annie Leonard, trata sobre a origem dos objetos de consumo, sua produção e descarte, revelando a ineficiência do sistema linear em que vivemos. Traz uma grande reflexão sobre o consumismo mundial, de maneira simples e de claro entendimento, além de oferecer alternativas sustentáveis.

Saiba mais: http://sununga.com.br/HDC/

Natural Habitat


Como cuidar de um filhote de gambá

Eu estava pesquisando na internet qual o tipo de alimentação que devemos fornecer a filhotes de gambá, e não encontrei nada muito completo em português. Neste site encontrei informações claras e objetivas, divididas em passos, portanto fiz uma tradução livre do mesmo para postar por aqui.

#####Eu fiz esse post há alguns anos, acabei encontrando um GRUPO NO FACEBOOK de pessoas que têm experiência cuidando de Gambás. Creio que lá as informações serão mais próximas da realidade, entrem no grupo e tirem suas dúvidas: https://www.facebook.com/groups/1559837174299862/?fref=nf . De qualquer maneira, espero ter ajudado!#####

Eu nunca precisei cuidar de um filhote de gambá, mas em todo o material que pesquisei, e em relatos de quem já precisou cuidar de um, estes procedimentos foram os mais adequados. Caso alguém tenha sugestão ou correção sobre alguma informação, por favor deixe um comentário.

Materiais necessários:

  • Conta-gotas
  • Almofada de aquecimento, garrafa de água quente ou pacotes de arroz aquecidos
  • Solução eletrolítica de Pedialyte
  • Água destilada 
  • Leite
  • Mel
  • Gema de ovo
  • Sal
  • Comida enlatada para cão ou gato
  • Bolas de algodão

Filhotes de gambá são tão bem protegidos na bolsa da mãe que quando ela sofre um trauma fatal, como ser atropelado por um carro, os filhotes freqüentemente permanecem ilesos. Se você se deparar com um gambá órfão, entenda que ele tem necessidades muito especiais, ao contrário de outros animais selvagens órfãos, e deve ser entregue a um especialista, logo que possível. Entretanto, o cuidado inicial pode significar a diferença entre a vida e a morte.


Passo 01: Determinar se o gambá é filhote e se realmente é órfão e necessita de ajuda. Um gambá órfão que precisa de ajuda será inferior a 7 centímetros de comprimento do nariz até o fim do corpo, não incluindo o comprimento da cauda. Se você encontrar um gambá maior do que isso, ele é capaz de sobreviver por conta própria e é melhor deixá-lo sozinho a menos que ele esteja ferido. Se é um órfão real ou se ele está ferido avançar para a próxima etapa.

Passo 02: Aqueça o filhote envolvendo-o em um cobertor, agasalho, toalha, lã ou material similar. Coloque-o em uma caixa próximo a uma fonte de calor.  Por exemplo, colocar filhote em uma caixa em cima de uma almofada de aquecimento, ajustando a menor temperatura. Se você não tem uma almofada de aquecimento, garrafas de água quente ou pacotes de arroz aquecido também são eficazes. Certifique-se que o animal não entre em contato direto com o calor para evitar a queima ou superaquecimento.

Passo 03:  Oferecer ao filhote uma solução eletrolítica como Pedialyte diluído em água destilada - 1 / 2 xícara de solução eletrolítica misturado com 1 xícara de água. Certifique-se que o fluido fique morno, não frio, antes de tentar dá-lo para o gambá. Você pode tentar dispensar os fluidos através um conta-gotas, ou se o gambá é mais velho e já possui pêlos pode tentar oferecê-lo em uma tigela pequena. É importante não dar muito líquido; o melhor é oferecer uma quantidade pequena com freqüência.

Passo 04: Ajude-o a eliminar os resíduos para evitar inchaço, ruptura de bexiga e de outros graves problemas causados por não urinar ou não ter um movimento de entranhas. Para fazer isso, use um pano macio ou algodão umedecido em água morna. Suavemente esfregue a área genital o gambá e o ânus para estimular a resposta de eliminação. Isso pode demorar um pouco, mas não desista, esta etapa é imprescindível para a sobrevivência do animal.

Passo 05:  Contate um especialista que tenha experiência em cuidar de marsupiais órfãos, assim o animal terá maiores chances de sobrevivência. Tente contato com os órgãos ambientais locais, lembrando que é crime manter animal selvagem em casa.


Passo 06:  Tente alimentar o filhote com uma fórmula caseira enquanto aguarda o resgate por algum especialista. Faça a fórmula pela mistura de 1 gema de ovo, ½ xícara de leite, 1 colher de sopa de mel e uma pitada de sal. Alimente o gambá bebê freqüentemente em intervalos de cerca de 2 horas. É importante continuar a alimentação freqüente durante a noite para evitar a desidratação. Se o gambá órfão é muito pequeno deve ser alimentado com mais freqüência em intervalos de 1 hora, o mesmo vale para os animais que parecem fracos. Se o bebê gambá é mais velho, pesando um quilo ou mais você pode adicionar qualquer alimento enlatado para cão ou gato na fórmula. Não force a alimentação.


Lembrando que os gambás pertecem ao gênero Didelphis, e as espécies ocorrentes no Brasil são: Didelphis albiventris, Didelphis marsupialis, Didelphis aurita e Didelphis imperfecta.




Referências:
REIS, Nelio Roberto dos ; PERACCHI, Adriano Lúcio ; PEDRO, Wagner André ; LIMA, I. P. de . Mamíferos do Brasil. Londrina: N. R. Reis; A. L. Peracchi; W. A. Pedro; I. P. Lima, 2006. 437 p.

How to Help an Orphaned Baby Opossum: http://www.ehow.com/how_2214427_help-orphaned-baby-opossum.html

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Prezados,

Peço desculpas pela demora no retorno, mas realmente não estava com tempo para ler cada relato e poder contribuir de maneira significativa. Seguem as respostas às questões, que também estão sendo encaminhadas por email, a quem deixou o contato aqui.

Desde já agradeço a compreensão, e gostaria do retorno de vocês sobre os cuidados, me dizendo o que tem funcionado, o que não deu certo, como estão os filhotinhos.. Assim posso melhorar as informações contidas no blog.

E agradeço a boa vontade de vocês, em cuidar destes seres que quando filhotes são muito indefesos. O mundo precisa de mais pessoas como vocês!

E mandem as fotos do  bichinhos que vocês salvaram!

Contribuição Luciana Castelli
Olá Daniela
Eu resgatei do ataque de caes 3 filhotes de gambá . Infelizmente a mae morreu . Imediatamente procurei uma ONG , daqui da regiao de Vinhedo , que cuida de animais silvestres. Por problemas financeiros eles recusaram o resgate dos filhotes , entao comecei a cuidar deles em casa . Pesquisei na internet sobre filhotes de gamá e veio o seu blog .
Estou fazendo como vc esinou , aquecendo eles com uma luz amarela ( incandescente ) e jornal . Estimulei-os a urinar e defecar com algodao molhado em agua morna massageando a barriguinha e o anus . Incrivel pq um deles na hora fez xixi.
A alimentacao eu consultei a veterinaria da ONG que recomendou dar danominho , isso mesmo acredite , diluido em um pouco de agua . Eles adoram e ela disse me que é mais seguro que o ovo cru pois pode conter salmonela e prejudicar os filhotes .
Tb estou oferecendo papinha de banana ou mamao , sempre com um pouqnho de agua para facilitar a ingestao . Deixo um potinho com agua mas lembrando que precisa ser pequeno mesmo porque eles podem entrar dentro e se afogar ..... Eles sao curiosos e ja vi que eles entram no pote!
Outra dica legal que a veterinaria me deu foi colocar racao de gato , porque vai chegar um momento em que o dentinhos começam a nascer e eles gostam de roer .
Eu percebi que os filhotes aqui nao queriam mais tomar o danominho na seringa . Eles mordiam a ponta e a partir dai dei a racao e eles ja estao comendo ......
E o fundamental : trata-los como animais silvestres . Nao acaricia-los , ficar com eles no colo ..... Eles nao sao domesticados e nem domesticos ! Qdo recolocados na natureza precisam dos seus instintos proprios para sobreviver.

Um grande beijo a todos que protegem e amam os animais !
Luciana Castelli. Email lucastelli77@hotmail.com



Á Marcelo:
Cuidado ao aproximar os gambázinhos de gatos, porque eles tem o instinto da caça, podem acabar machucando-os. Mas de repente, se houver a certificação de que está tudo bem, você poderia tentar.

Eu li um artigo uma vez, sobre a adoção de filhotes de outas espécies por felinos de grande porte. A técnica utilizada, constava no uso de coletes com o cheiro da prole do felino. Ou seja, primeiro o colete deve ficar preso a um gatinho, por alguns dias, para ficar com o cheiro dele, depois então, deve ser colocado no gambázinho, simulando então que ele faça parte da prole. Mas a parte de alimentação é um pouco diferenciada. Os gambás não nascem completamente formados, na verdade terminam a maior parte do seu desenvolvimento dentro da bolsa da mãe. Enquanto permanecem lá dentro, eles ficam presos as mamas. Então tente alimentá-lo conforme os procedimentos descritos. Caso eles não aceitem uma seringa ou mamadeira pequena, utilize um conta-gotas, ou mesmo um cano fininho.

Sua outra pegunta diz respeito ao animal se virar sozinho depois da idade adequada? Se for isso, a medida que os animais forem crescendo, deve-se estimular a alimentação através de outros tipos de comida. Os gambás são animais onívoros, tem uma dieta muito ampla, desde pequenos animais, até frutos, sementes, insetos. Ele conseguirá se virar sozinho se vocês estimularem isso, não criando-o como um bichinho de estimação.

Á Fernanda Saens:
 Animais domésticos são um perigo para animais silvestres. Justamente por ser filhote, o gambá ainda não consegue se defender, e pode facilmente ser morto por cães ou gatos. O ideal é deixá-lo fora do alcance de outros animais.

Á Karine:
É normal ele querer ficar agarrado no corpo, afinal ele tem uma grande parte do desenvolvimento dentro da bolsa da mãe. Procure apenas não deixar ele muito próximo de humanos, para depois a soltura ser mais natural. Quanto a vômitos e diarréia, isso pode ser devido a mudança de alimentação. Vá fazendo “testes” para ver o que é menos indigesto para ele.

Á Nancy:
 “Tenho uma dúvida com respeito a este bichinho. Muitas pessoas me disseram que ele transmite a doença de chagas. Eu tinha alguma ideia sobre isso, mas nunca me preocupou muito. Existe esse risco com o animal tão pequenininho??”

Realmente os gambás são portadores do Trypanossoma (não só eles como outros marsupiais tbm), mas não há estudos comprovando a transmissão para humanos. Mas isso não é descartado.

O contágio da doença de Chagas se da no momento da picada do barbeiro, nao pela picada em si, mas sim através das fezes do bicho. Assim quando ele pica também defeca e é neste momento que acontece a infecção.

No caso dos gambás, eles adquirem o Trypanossoma ou através da picada de barbeiro ou pela locomoção e ingestão de alimentos contaminados (andar pelo lixo ou lugares sujos e ingestão de barbeiros, por exemplo). Se houvesse uma possivel transmissão de marsupiais para humanos, seria provavelmente atraves das fezes em contato com ferimentos abertos ou mucosas. Como já falei, não há comprovação sobre isto.

Prevenção nunca é demais, por isso ao manipulá-lo cuidado ao colocar as mãos sujas na boca e nariz e em ferimentos.
 
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Observação: A estudante de veterinária Fernanda Ferreira colaborou com muitas respostas nesta postagem, e em função de sua experiência cuidando de gambás, criou um blog só sobre o assunto: http://comocuidardegambas.blogspot.com  Não deixem de visitar e esclarecer melhor suas dúvidas!

Vida de Bióloga

Ah, a correria.

A rotina, o dia-a-dia, o quase tudo igual, acabam com a gente. Mas o que me conforta é que tudo tem um fim, um propósito. E eu, com 2 empregos, trabalhando 55h por semana, fora os finais de semana em que fico preparando aula e corrigindo trabalhos de alunos, ainda assim, estou feliz. E agora em diante, um final de semana por mês é com trabalho de campo.

Eu gosto de dar aulas, e a cada dia sempre aprendo algo novo, seja com os livros, ou com meus alunos. O fato é que não quero somente ser professora. Tenho um objetivo maior, e estou trabalhando muito para isto. Meu lance maior sempre foi a pesquisa, o contato com a natureza, o trabalho de campo, os livros, as análises e a preocupação com a conservação da biodiversidade. Eu trabalho muito para poder bancar isso. E bancar no sentido financeiro mesmo: eu pago para poder ser pesquisadora.

É difícil ser pesquisador no Brasil. É preciso muitos anos de estudos e pesquisas para ter algum reconhecimento. Mas tudo começa com uma sementinha, e eu estou plantando muitas, com ajuda de pessoas mais do que especiais.

Para alguns é difícil entender o "por quê" disto tudo. Perguntas do tipo: "Mas tá, afinal pra que serve tudo isso?" ou "O que tu ganha fazendo este tipo de coisa?". Explicando: Onde me sinto melhor, desde sempre, é em contato com a natureza e o sentido maior de tudo isto, é poder fazer a minha pequena parte para a conservação da vida no planeta. Parece pieguice mas é isto mesmo. E ao final das contas, mesmo que muitos críticos digam o contrário, o melhor mesmo é trabalhar com o que se gosta. Para entender um pouco mais sobre conservação, clique aqui.

Em breve teremos o site do projeto que desenvolvemos em uma Reserva Biológica, aqui da região, e aí ficará mais fácil compreender estas coisas malucas pelas quais me interesso.

Finalizo com esta foto, tirada na 1ª Expedição que fizemos a REBIO do Aguaí, com os novos projetos (31/10 - 01/11).


Depois de todo o trabalho pesado, a gente olha pra isso, e vê que absolutamente TUDO, valeu a pena!



Antes que eu me esqueça: Ninguém constrói nada sozinho! E este caminho que estou traçando está repleto de pessoas especiais, comprometidas. A citar, em primeirissímo lugar, minha colega-parceira-bióloga Denise, que sempre embarcou nas loucuras; em segundo o meu super boyfriend, que apesar de ser da área de TI, me ajuda em absolutamente tudo! E sobre esta primeira expedição, contamos com a ajuda de um quase biomédico (Frank), uma aspirante a jornalista (Dai), uma bióloga que adora fotografar (Fran - créditos da foto acima), um biólogo que veio exclusivamente do Paraná para participar da coleta (Ademir), e um parceiro biólogo daqui mesmo (Miranda). =)